31 de outubro: 497 anos da Reforma Prostestante

Estão sendo comemorados pelas Igrejas Reformadas, neste 31 de Outubro a passagem os 497 anos da Reforma protestante.

Por Francisco Alves de Alencar, presbítero e Secretário Executivo do Presbitério do Ceará – PCEA

O movimento reformista (pré-reforma) teve início no século XIV na Inglaterra com o monge da Igreja Romana, John Wyclif (1324-1384), entre outros. Depois que leu os manuscritos das Escrituras Sagradas, identificou vários dogmas que estavam em desacordo com aqueles textos sagrados. Traduziu da Vulgata (Texto em latim – tradução inicial de Agostinho no Século IV) para o Inglês e passou a distribuir para a população. Contou com o apoio e ajuda de parentes, amigos e religiosos seguidores da nova idéia, tais como, Tindale, João Hus, Jerônimo Savonarola e Perckinton. Tinham como lema: Sola Scriptura, Sola Gratia e Sola Fide,conclamando, pois,  ao retorno dos princípios da Igreja Primitiva, Igreja dos Apóstolos.

Século XV – Quase 180 anos mais tarde surge o também  Monge alemão Martinho Lutero que deu prosseguimento ao movimento dos pré-reformistas que eram contrários aos dogmas que não guardavam a orientação do texto sagrado, das Escrituras. Um acontecimento marcaria em definitivo o rompimento dos reformadores com a Igreja Romana, que os expulsou de seus quadros, foi a publicação das 95 teses de Martinho Lutero, na porta da Catedral do Palácio de Winttemberg, na Alemanha, em 31.10.1517.

Presbitério ou Consistório – Em Genebra surgiu um jovem francês de nascimento chamado João Calvino que desenvolveu as idéias reformistas de forma muito concreta, criando o Conselho de Presbíteros ou Consistório, eleito pelo Conselho de Genebra. Daí surgiu  a nova Igreja Protestante Reformada que logo se espalhou pela Europa, mais tarde pela América do Norte e Brasil.

Os mártires calvinistas – A primeira tentativa de implantação da nova fé em terras brasileiras ocorreu, ainda no século XVI, quando uma expedição de obreiros e pastores da doutrina calvinista protestante reformada comandada por  Nícolas Durand de Villegaignon que ao chegar em terras brasileiras traiu os protestantes e os executou, quase todos,  barbaramente, na Baía da Guanabara.